Repsol Sinopec participa da semana de debates da Gas Week 2024

Gerente de Comercialização de Gás Natural, Andrés Sannazzaro, destaca as novas conquistas e os desafios para alavancar o setor de gás no país
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A Repsol Sinopec Brasil participou da epbr Gas Week 2024, que promoveu uma semana de debates sobre as novas conquistas e desafios para setor de gás natural no país. O evento teve patrocínio da RSB e aconteceu entre os dias 15 e 18 de abril, em formato híbrido, reunindo grandes representantes de empresas, instituições e do governo federal.

O gerente de Comercialização de Gás Natural, Andrés Sannazzaro, participou do painel de abertura do evento, no dia 15, sobre “Os desafios para o mercado de gás natural no país”, realizado em formato virtual. Também participou junto aos colaboradores da da Repsol Sinopec do evento realizado em Brasília, no dia 18, que encerrou a programação do Gas Week com uma série de encontros e debates em formato presencial.

Durante sua participação, Andrés reforçou o potencial do gás brasileiro no desenvolvimento de um mercado cada vez mais eficiente e competitivo. Neste sentido, destacou três elementos que devem ser priorizados pelo novo mercado: o gás acessível, confiável e sustentável – denominados o trilema da energia.

“O gás brasileiro traz uma série de vantagens que reforçam o potencial do país neste setor, como a produção mais próxima ao mercado de consumo. Isto representa um menor impacto ambiental em todos os elos da cadeia, principalmente quando comparado ao gás natural importado. A segurança na produção e na oferta são outras vantagens, proporcionando uma autossuficiência que garante o fornecimento sem o risco de interferências geopolíticas. Vale ressaltar também a importância da definição de preços competitivos em todos os elos da cadeia, tanto para produtores, que realizam os maiores investimentos, como transportadores e consumidores, reconhecendo as diferentes características de cada modelo de negócio”, explicou.

Perguntado sobre o projeto de lei Combustível do Futuro, que, entre outros aspectos, estabelece às produtoras percentual de mistura do biometano ao gás natural, Andrés destacou o potencial do biometano como fonte sustentável de energia. Contudo, avaliou ser necessário um ambiente que estimule uma busca ampla de opções.

“A promoção de um combustível específico deve ser feita através de incentivos, e não obrigações. As empresas produtoras, que assumem maior risco na cadeia de valor, já têm declarado seus objetivos de zerar as emissões, sendo a Repsol a primeira do setor no mundo a assumir este compromisso e traçar uma rota ambiciosa com metas intermediárias para alcançar o objetivo. Na Repsol Sinopec Brasil, estamos avaliando uma série de alternativas e investindo fortemente em P&D, como o Projeto DAC, de captura direta de carbono do ar. Há um grande leque de oportunidades para se alcançar a transição energética”, completou.

Novos avanços no Projeto Raia

Realizado em parceria entre a Repsol Sinopec (35%), a operadora Equinor (35%) e a Petrobras (30%), o Projeto Raia é considerado uma das maiores fontes de gás natural do país. Recentemente, a RSB e os parceiros anunciaram novos marcos que destacam o compromisso com o avanço do projeto, trazendo maior desenvolvimento para o mercado local e maior geração de emprego e renda.

Em abril, teve início a construção dos tubos que serão utilizados no gasoduto de exportação de gás do projeto, com mais de 90% do aço utilizado na produção e revestimento dos tubos sendo produzidos por empresas brasileiras. O gasoduto terá 200 km de extensão, ligando o navio-plataforma FPSO Raia à instalação de recebimento de gás Raia em Cabiúnas, na cidade de Macaé. O processo de produção de materiais é realizado na unidade da empresa Tenaris em Pindamonhangaba (SP), e cerca de 20 mil toneladas de aço já foram entregues ao projeto.

Em março, também teve início o corte das primeiras chapas de aço que serão utilizadas na construção de módulos do FPSO Raia. De maneira inovadora no Brasil, a plataforma processará o gás produzido em condições específicas para venda, sem a necessidade de processamento adicional em terra. Além disto, utilizará o conceito do ciclo combinado para geração de energia, reduzindo as emissões de CO2 para uma média de 6 kg por barris de óleo equivalente ao longo de sua vida útil, um dos menores níveis do mundo.

No ano passado, os parceiros anunciaram o investimento de aproximadamente US$ 9 bilhões no desenvolvimento do projeto, que tem previsão de entrada em operação em 2028. A área possui reservas acima de um bilhão de barris de óleo equivalente, com capacidade de escoamento de 16 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia, o que representa 15% da demanda projetada do país, ou o consumo de todo o estado de São Paulo.



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