Projeto realiza sequenciamento genético do Coral Sol

Trabalho é fruto de parceria entre Repsol Sinopec Brasil, Bio Bureau Biotecnologia e Senai CETIQT
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As espécies invasoras representam um grande problema ambiental. Esses animais e plantas são carregados de suas áreas de origem para outros locais onde, na ausência de competidores naturais e com condições climáticas apropriadas, tomam conta do ambiente e geram problemas ecológicos e econômicos.

Sabe-se que as espécies invasoras são a maior causa de extinção de outras espécies no ambiente marinho, superando inclusive a destruição de habitat e a poluição. Por causa de seu rápido crescimento, mecanismos de reprodução e ausência de predadores locais, o Coral Sol está causando muitos danos ao ecossistema nativo, sendo considerado um dos principais invasores do oceano Atlântico.

Com o objetivo de contribuir para a contenção do Coral Sol, Repsol Sinopec Brasil, Bio Bureau Biotecnologia e Senai CETIQT firmaram uma parceria para realizar o sequenciamento genético do Coral Sol. “O sequenciamento do genoma do Coral Sol aumentará o conhecimento dessa espécie, contribuindo para que obtenhamos soluções biotecnológicas para diminuir sua disseminação e atenuar seus impactos”, explica Tamara García, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Repsol Sinopec Brasil.

O Coral Sol tem, ainda, impacto econômico importante, já que as embarcações são a principal forma de dispersão da espécie. O Ministério Público já autuou portos, estaleiros e empresas, impedindo que embarcações fossem ancoradas ou deixassem de circular, o que gera prejuízos. Os métodos para remoção in-situ são ineficientes e o envio de embarcações e plataformas para limpeza em estaleiros ou áreas controladas é custoso e pode disseminar a contaminação para áreas ainda não afetadas.

“A dispersão das espécies é um fenômeno natural, mas o trânsito de pessoas e o comércio global aceleraram a dispersão de algumas delas. Às vezes encontram, fora de seu ambiente natural, condições mais propícias e se desenvolvem de forma acelerada, ocupando os espaços de outras espécies nativas, podendo levá-las até mesmo à extinção”, explica Mauro Rebelo, biólogo, professor da UFRJ e fundador da Bio Bureau.

Os resultados preliminares do estudo acabam de ser divulgados e estão disponíveis para análise.

Mais detalhes no link:
https://www.biorxiv.org/content/biorxiv/early/2019/09/10/756999.full.pdf



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