Projeto da Repsol Sinopec é finalista no Prêmio ANP de Inovação Tecnológica

Em um total de 147 projetos inscritos, Nautilus - sistema submarino de armazenamento e injeção de produtos químicos, desenvolvido pela Repsol Sinopec em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a startup Geoprober, ficou entre os três finalistas na categoria “Transporte, dutos, refino, abastecimento e biocombustíveis”. 
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Foram divulgados nesta quinta-feira, dia 28, os resultados do Prêmio ANP de Inovação Tecnológica 2019. Em um total de 147 projetos inscritos, Nautilus – sistema submarino de armazenamento e injeção de produtos químicos, desenvolvido pela Repsol Sinopec em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a startup Geoprober, ficou entre os três finalistas na categoria “Transporte, dutos, refino, abastecimento e biocombustíveis”. O objetivo do projeto é desenvolver um sistema submarino de armazenamento e injeção de produtos químicos utilizados na produção de petróleo offshore. O desenvolvimento desse sistema, além de ser uma quebra de paradigma na indústria, terá grande impacto na redução dos custos e riscos operacionais.

“O Nautilus é um sistema submarino de armazenamento e injeção de produtos químicos automatizado, instalado a 3 mil metros de profundidade, com uma tecnologia inovadora de estocagem e bombeio eletro-hidráulico, que possibilita a transferência dos equipamentos do topside para o leito marinho, liberando espaço para outros equipamentos necessários a bordo da FPSO. Fico muito contente por termos ficado entre os três finalistas”, diz Marcelo Andreotti, gerente de pesquisas em instalações de produção e operações da Repsol Sinopec Brasil.

Atualmente, estes produtos químicos são injetados através de um complexo sistema de bombas e tanques de armazenamento, instalados nas plataformas e FPSOs e conectados aos poços por meio de umbilicais. Com o Nautilus haverá a utilização de uma combinação inovadora de técnicas de bombeio eletro-hidráulico, controle e automação, além de um processo de armazenagem dos químicos, viabilizando a injeção destes componentes e permitindo o controle dos equipamentos no fundo do mar, de maneira mais econômica e eficiente.

O desenvolvimento de campos offshore impõe uma série de desafios técnicos e econômicos, e garantir as condições de escoamento no sistema de produção é imprescindível. Produtos químicos devem ser injetados para garantir a produção, tais como inibidores de hidratos, asfaltenos e parafinas. Assim como componentes químicos que garantem a integridade de equipamentos e linhas submarinas, como inibidores de corrosão e sequestrantes de H2S.

O sistema Nautilus é constituído por uma série de bombas movidas individualmente por motores elétricos, conectadas a um pequeno manifold capaz de rotear os produtos químicos para diferentes pontos de injeção. O sistema se conecta ainda aos tanques de estocagem submarina, também localizados no leito marinho. Os sistemas de estocagem serão periodicamente substituídos com o uso de barcos de serviço e o auxílio de ROVs (Remotely Operated Vehicle).

“A pesquisa realizada até o momento trouxe resultados inéditos para a indústria. O sistema utiliza componentes eletrônicos resistentes à pressão hidrostática, possibilitando seu emprego em águas ultraprofundas (até 3.000m). A pesquisa em eletrônica tolerante a pressão coloca o projeto na vanguarda do desenvolvimento de tecnologia submarina”, afirma Andreotti.

Os resultados dos ensaios dos químicos em condições submarinas (alta pressão e baixa temperatura) também permitirá o uso de produtos em concentração mais alta, o que possibilita o aumento de densidade e diminui o volume das estruturas de estocagem, reduzindo os custos de material e instalação. Outro ponto importante foi a investigação dos materiais para a utilização nos tanques de armazenamento.

“A indústria de óleo e gás enfrenta desafios tecnológicos cada vez maiores, buscando o aumento de produtividade e da segurança operacional com redução de custos. Neste sentido, é fundamental a incorporação do processo de transformação digital, no qual o sistema Nautilus se insere. Nos últimos quatro anos, a companhia investiu mais de R$ 150 milhões em pesquisa e desenvolvimento”, diz Támara García, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Repsol Sinopec Brasil.

Veja abaixo o vídeo-demonstração do projeto:

 

 



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